"PELA EMANCIPAÇÃO HUMANA"

PELA EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA,

PELA LIBERTAÇÃO DO OPRIMIDO EM TODO O MUNDO,

PELO FIM DO RACISMO E DO MACHISMO,

POR UM HIP HOP COMBATENTE E NÃO SUBSERVIENTE,

A LUTA CONTINUA!!!

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CONVITE HIP HOP "MINHA VOZ ESTÁ NO AR"

CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE PRETA O Núcleo Cultural Força Ativa, uma das primeiras posses do Movimento Hip Hop da cidade de São Paulo, sempre pautou como centro do debate, perante a sociedade, a luta contra três formas de manifestações da coisificação do outro: 1) o preconceito racial; 2) a discriminação racial; e 3) o racismo. As entificações das relações raciais no Brasil atende a uma forma de expansão das capacidades produtivas e de acumulação primeira de Capital, desde a longa transição do regime feudal. Estas entificações foram originadas do processo de exploração da força de trabalho do povo africano na América. Logo as entificações do racismo são produto direto de um processo ontológico fundante do ser social, isto é, o trabalho. Visto como produto da práxis humana e da relação de exploração de trabalho e não de abstrações estranhadas – por motivação de pigmentação da pele, imigração, posições racistas de academicistas (principalmente de esquerda), etnicidade, bem assim qualquer tentativa de explicação subjetivista – as manifestações racistas se metabolizaram dentro de um cenário de barbárie e se perpetuam nas asas do irracionalismo. Na contemporaneidade, os povos que trabalharam cerca de quatrocentos anos, sem remuneração, estão recebendo como reconhecimento da sociedade classista brasileira, uma premiação sepulcra, ou seja, processo de execução denominado GENOCÍDIO. A política de GENOCÍDIO como recompensa do processo de trabalho realizado na forma da mais-valia absoluta, se traduziu nos tentáculos da sociedade, pelo seu principal veículo de dominação da burguesia, o Estado. Por meio da negação de acessibilidade dos povos aos serviços públicos e por ação deliberada, mesmo antes da formação clássica do Estado Brasileiro. Exterminar e executar africanos provenientes do processo de escravização para a super exploração de trabalho é uma práxis cultural do setor conservador da nossa sociedade. Para ilustrar o que se afirma podemos recorrer a Celso Furtado e veremos o que ele teceu acerca da questão. Furtado ressalta essa prática genocida da sociedade brasileira frente aos trabalhadores africanos da época, num texto que trata do problema da mão-de-obra: “... O primeiro censo demográfico, realizado em 1872, indica que nesse ano existiam no Brasil aproximadamente 1,5 milhão de escravos. Tendo em conta que o número de escravos, no começo do século, era de algo mais de um milhão, e que nos primeiros cinqüenta anos do século XIX se importou muito provavelmente mais de meio milhão deduz-se que a taxa de mortalidade era superior à natalidade. É interessante a evolução diversa que teve o estoque de escravos nos dois principais países escravistas no continente: os EUA e o Brasil. Ambos os países começaram o século XIX com um estoque aproximadamente um milhão de escravos. As importações brasileiras, no correr do século, forma cerca de três vezes maiores do que as norte-americanas. Sem embargo ao iniciar-se a Guerra de Secessão, os EUA., tinham uma força de trabalho escrava de cerca de quatro milhões e o Brasil à mesma época algo de 1,5 milhão. Por outro lado, na sociabilidade negada aos extratos da classe trabalhadora, o genocídio, é cotidianamente afirmado pela política voraz de eliminação dos pretos. Podemos utilizar as formas pacificadoras utilizadas nos morros no estado do Rio de Janeiro. As ações policiais na cidade de São Paulo, relembrando o número de assassinatos contra a população preta. Para reforçar o que estamos falando, em termos de oficialidade, citaremos alguns dados dos índices de mortalidade atual do mapa da violência. Segundo dados do Instituto Sangari, na década anterior o número de pessoas pretas executadas na sociedade por motivo de arma de fogo vem crescendo a cada ano. “Existe um diferencial de evolução entre brancos e [pretos]:  Em 2002, morriam proporcionalmente 58,8% mais [pretos] do que brancos.  Se esse já é um dado grave, em 2005, esse indicador sobe mais ainda: vai para 96,4%.  E, em 2008, o índice atinge 134,2%”. (Mapa da Violência 2011). Essa queda tendencial da taxa de homicídios dos brancos reflete um aumento da taxa de homicídios contra a população preta, isto ocorreu em todos os estados da federação. • o número de vítimas brancas caiu de 18.852 para 14.308, o que representa uma queda significativa, da ordem de 24,1%; • entre os [pretos], o número de vítimas de homicídio aumentou de 26.915 para 30.193, o que equivale a um crescimento de 12,2%. Com isso, a brecha preexistente cresceu, no quinquênio, 36,3%. • em 2007, surge um novo patamar: morrem proporcionalmente 107,6% mais [pretos] do que brancos, isto é, mais que o dobro! (Mapa da Violência 2010). Fica patente a política de extermínio, deliberada pela sociedade brasileira, reservados aos pretos em todos os estados do País. A partir desses marcos históricos e situacionais é que estamos promovendo o evento “Hip Hop Minha Voz Está no Ar” no sentido de chamar à atenção da sociedade paulistana acerca do tema. No dia 27 de novembro, no horário das 14 às 20h, na Rua dos Têxteis, 1050 – Cidade Tiradentes, realizaremos o Hip Hop Minha Voz Está no Ar com a temática do Contra o Genocídio da Juventude Preta e convidamos V.Sa. e vossa organização para somarmos esforços no combate a essa forma de Genocídio!!! Contamos com a vossa presença. Atenciosamente, Núcleo Cultural Força Ativa Como chegar? No metrô penha pegar lotação 3793 Cidade Tiradentes, dura em média 55 minutos até o terminal Cidade Tiradentes, após o terminal descer no quinto ponto, a biblioteca esta localizada ao lado de uma praça. Pra quem vem do metro Itaquera pegar a lotação 3787 Cidade Tiradentes, tempo estimado é de 45 minutos descer no terminal Tiradentes e pegar a lotação 3793 Cidade Tiradentes, descer no quinto ponto. Na estação Guaianazes pegar a lotação 3794 e descer no terminal Tiradentes, pegar a lotação 3793 e descer no quinto ponto. Mais informações: 85896041 falar com Wellington

terça-feira, 8 de novembro de 2011

FORÇA ATIVA CONVIDA "HIP HOP MINHA VOZ ESTA NO AR"

Como chegar? No metrô penha pegar lotação 3793 Cidade Tiradentes, dura em média 55 minutos até o terminal Cidade Tiradentes, após o terminal descer no quinto ponto, a biblioteca esta localizada ao lado de uma praça. Pra quem vem do metro Itaquera pegar a lotação 3787 Cidade Tiradentes, tempo estimado é de 45 minutos descer no terminal Tiradentes e pegar a lotação 3793 Cidade Tiradentes, descer no quinto ponto. Na estação Guaianazes pegar a lotação 3794 e descer no terminal Tiradentes, pegar a lotação 3793 e descer no quinto ponto. Mais informações: 85896041 falar com Wellington

domingo, 22 de maio de 2011

Biblioteca comunitária Solano Trindade 2001 – 2011 10 Anos de resistência







Biblioteca comunitária Solano Trindade 2001 – 2011
10 Anos de resistência
Em outubro de 2001, a biblioteca comunitária foi implantada em uma sala num centro comercial de Cidade Tiradentes, e recebeu o nome de Centro de Documentação em Direitos Humanos e Biblioteca Comunitária Solano Trindade. O ponto de partida foi a parceria com o projeto Integrar, por meio do qual conseguimos os recursos para a compra de acervo e para outros materiais.
Já o Ibeac (Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário), com quem o Força Ativa já vinha desenvolvendo algumas ações na área de direitos humanos, cedeu o espaço. Ali, funcionam a biblioteca comunitária e as atividades do projeto de direitos humanos.

O Força Ativa se encarrega do funcionamento do espaço e arca com as despesas de manutenção, como água e luz. Membros do grupo se revezam no atendimento aos usuários da biblioteca e no tratamento do acervo (codificação, etiquetas, etc.).
Todo o trabalho é feito manualmente, pois faltam computadores para informatizar o serviço.
Quanto a abertura do espaço, não houve nenhum tipo especial de divulgação, que se deu apenas no esquema “boca a boca”, já que o grupo Força Ativa exerce uma influência positiva na comunidade de Cidade Tiradentes, por meio das palestras ou debates que promove nas escolas. O interesse pela biblioteca foi aumentando à medida que os usuários iam conhecendo o espaço e divulgando a ação para outras pessoas. Em um ano, tivemos 400 usuários cadastrados, o que é um número significativo, se considerarmos que a iniciativa é pequena e não possui recursos de divulgação. Hoje contamos com mais de 4.000 pessoas cadastradas para utilizar o espaço.

Para ter acesso ao acervo, basta apresentar um comprovante de residência e carteira de identidade para fazer o registro como usuário da biblioteca. Até o mês outubro, havia quase 2 mil pessoas cadastradas. Os usuários podem pesquisar no espaço e também retirar livros, sem limite de quantidade, pelo período de uma semana. Geralmente, a média é de três títulos por usuários. Quando as pessoas se cadastram, procuramos explicar a história da biblioteca, suas dificuldades, de modo a conscientizá-las sobre o caráter comunitário daquele equipamento e da importância de elas contribuírem para a manutenção do acervo e do espaço. Procuramos mostrar que os materiais retirados são únicos e que outros usuários precisam deles.

A biblioteca é procurada por crianças, que buscam gibis, livros infantis; adolescentes e adultos, sejam do sexo feminino ou masculino, também freqüentam o espaço, inclusive aqueles que estão retomando seus estudos. As pessoas vão buscar livros sobre política, literatura, prevenção, sexualidade. Ou seja, conseguimos abranger o público de modo geral e a cada dia cresce o número de usuários.
O acervo também continua crescendo, pois constantemente recebemos doações, resultantes dos contatos e das apresentações que fazemos em vários locais ou instituições. Inclui desde livros de literatura infanto-juvenil, até política, história, economia, livros para pesquisa escolar, algumas revistas provenientes de assinaturas de cortesia e de doação.
Entre os autores mais procurados, podemos citar Machado de Assis, Eça de Queirós, Ruth Rocha e Monteiro Lobato. Também há significativa procura por literatura internacional. Isso ajuda a derrubar uma visão preconceituosa de que na periferia não se lê ou de as pessoas da periferia não se interessam por ler ou que lêem qualquer coisa. Temos livros de auto-ajuda e religiosos, mas esses títulos não saem mais do que o Capão Pecado, ou Dostoiesvky por exemplo.

O futuro da biblioteca e a capacidade juvenil.

Após a implantação da biblioteca comunitária, nossa maior preocupação é quanto à sua manutenção. Temos uma proposta com um orçamento maior que envolve todo o projeto Vamos Ler um Livro, e um orçamento específico para a biblioteca, que garanta a manutenção do espaço, inclusive com ajuda de custo para os agentes de leitura*. Muitas vezes, ficamos sem energia elétrica por falta de dinheiro para o pagamento da conta de luz.

Estamos pensando em formas de captação de recursos e sabemos que para obter financiamento para nossa biblioteca comunitária, teremos de lutar contra uma visão preconceituosa quanto aos jovens, de que não têm responsabilidade e são incapazes de gerir um projeto. Essa visão é totalmente falsa, tanto é que, o Força Ativa, por exemplo, já por dois mandatos consecutivos conseguiu eleger um de seus membros para o Conselho Tutelar.

A biblioteca já foi contemplada pelo programa de Valorização das iniciativas culturais, em 2009 fomos contemplados com o prêmio “Machado de Assis” do Ministério da Cultura onde tivemos a condição de melhorar o nosso acervo e em 2011 a iniciativa “Hip Hop: minha voz está no ar” que o ocorre na biblioteca comunitária foi uma das selecionadas pelo prêmio Preto Goez, o recurso será destinada de forma integral a abertura e manutenção da biblioteca comunitária Solano Trindade.

Bibliotecários da Comunidade

“Entramos em contato com o Instituto Brasil Leitor¹ , que nos forneceu o material para a realização do curso de Bibliotecário a Distância, voltado para a formação de gestores de bibliotecas. Eu estudei o material e ministrei o curso, em setembro de 2003, adaptado à nossa realidade. Uma das vantagens do curso é que ele nos permite conhecer e discutir a organização ideal de uma biblioteca. Participaram vários membros do Força Ativa e pessoas da comunidade que eram consulentes da biblioteca. Já estamos pensando em oferecer o curso novamente, até como forma de ampliar a participação da comunidade. Percebemos que não é preciso ter um curso de biblioteconomia para entender de biblioteca(apesar que se tivéssemos seria bom); é possível aprender a organizar um acervo; dominar as técnicas de catalogação, etc. O curso pode até qualificar as pessoas para trabalharem em bibliotecas, acervos, livrarias, etc. Três pessoas da comunidade que participaram do curso hoje atuam como voluntárias na biblioteca”.

Como chegar?
No metrô penha pegar lotação 3793 Cidade Tiradentes, dura em média 55 minutos até o terminal Cidade Tiradentes, após o terminal descer no quinto ponto, a biblioteca esta localizada ao lado de uma praça.
Pra quem vem do metro Itaquera pegar a lotação 3787 Cidade Tiradentes, tempo estimado é de 45 minutos descer no terminal Tiradentes e pegar a lotação 3793 Cidade Tiradentes, descer no quinto ponto.
Na estação Guaianazes pegar a lotação 3794 e descer no terminal Tiradentes, pegar a lotação 3793 e descer no quinto ponto.
Mais informações: 85896041 falar com Wellington