"PELA EMANCIPAÇÃO HUMANA"

PELA EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA,

PELA LIBERTAÇÃO DO OPRIMIDO EM TODO O MUNDO,

PELO FIM DO RACISMO E DO MACHISMO,

POR UM HIP HOP COMBATENTE E NÃO SUBSERVIENTE,

A LUTA CONTINUA!!!

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domingo, 21 de dezembro de 2008

"SAPATINHO NA JANELA" Por Góes


"SAPATINHO NA JANELA"

Categoria: Escrita e Poesia


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Era dezembro. As árvores enfloravam. As pessoas montavam pinheiros artificiais, bolinhas coloridas e pequenas lâmpadas propunham a ilusão de inverno. Da porta pra fora o Sol mandava os raios quentes, ao meio dia cabeças queimavam, nos rostos derretia o suor. O corre-corre era geral, nos grandes centros pessoas aglomeravam-se em volta das barracas, balcões e vitrines. Aquele que possuía o recurso carregava várias sacolas. Nas periferias o asfalto queimava os pés descalços da galerinha, o pipa rasgando o céu com sua rabiola colorida, bola rolando na rua de terra. O filho carrega duas garrafas do líquido insalubre. O pai pega, da-lhe uma moeda e se refresca: ....
- AAAAAAAHHHHHSSSSSS! Que geladinhaaaa. ....

No canto da sala Dininha sentada com a bunda no chão. Na mão esquerda um lápis, com a outra mão rabiscava. Seus olhos pretos redondos como bolinha de gude atentos ao papel branco.....

Da porta pra fora a euforia toma conta da população. No barzinho da esquina a brasa sapeca um pedaço de carne, na grelha improvisada também tem lingüiça apimentada, aza de frango e coro de toucinho. A fumaça instiga o estômago da mulecada, dois ou três cachorros espreita rodeando a mesa de plástico amarelo. Em volta da mesa quadrada ficavam sempre duas duplas que se digladiavam amigavelmente no jogo de dominó. Do balcão sai os mais diversificados líquidos assassinos.....

O céu começa a escurecer, o Sol se despede. A noite quente é coberta pelas nuvens carregadas, o odor da cebola faz a mãe chorar, o pai comanda o controle remoto, sai do banheiro o menininho barrigudinho com a toalha enrolada, pingando água do cabelo crespo. Na cadeira de madeira estava Dininha. Lápis na mão, papel de pão apoiado na mesa, seu nariz largo sugava o cheiro da cebola, a boca carnuda resmungava palavras em segredo, enquanto rabiscava.....

No dia seguinte quase tudo se repete, o pai veste a roupa, tira o pó do sapado preto, assenta a marmita na bolsinha, corre para o ponto de ônibus. Dininha chega com a bengala, o cabelo crespo meio amarelo, na cabeça redonda uma tiara, o nariz largo sente aroma do café fresco, na boca carnuda ainda tinha alguns dentes de leite, coloca a bengala em cima da mesa, os olhos pretos e redondos como bolinha de gude miram no papel de pão, a menina desenrola o alimento.

Da porta pra fora crianças correm e gritam pelo quarteirão, falta água, o calor é intenso. Os molequinhos comemoram: ....
- Viva. Hoje não vai ter aula. ....
- queria que tivesse aula. Hoje é dia de pão com salsinha, o outro lamenta.....
Espalha-se o boato de que a diretora mandou distribuir a merenda. Todas as atenções se voltam para a escola. ....

As casas já estão enfeitadas, pisca pisca, bolinhas coloridas, mensagens de paz pelas portas. No fim da tarde as nuvens amontoam-se por cima das cabeças, no bar não tem ninguém, o dominó está lá, guardadinho na caixinha, o dono do bar desce o toldo colorido, pingos d’aguas desmancham os pipas, a mulecada enrola a linha na lata de óleo, mulheres e crianças rapam o varal, janelas são fechadas e logo cai a noite...

Na madrugada um gritão: - Filinha apaga a luz!!! Dininha está atenta, com os cabelos crespos amarelados cobertos com um pedaço de meia calça, os olhos redondos estão avermelhados, o braço fino guarda a folha de papel e o lápis. Aspira bem fundo pelo nariz largo o odor fresco da chuva, respira pela boca carnuda, com o dedinho curtinho e unha pintada de bege, apaga a luz...

De manhã o Sol invade a casa pela janela. Os raios queimam a testa franzida da pequeninha. O pedaço de meia calça se perde no quarto deixando livre o cabelo crespo amarelado. Esfrega com a mãozinha, de unhas beges, os olhos pretos e redondos como bolinha de gude, em seguida limpa o nariz largo. Na boca carnuda ainda tem baba. Seu corpo magricelo dispensa o cobertor. O braço fininho estica até a gaveta, pega o lápis e o papel. Vira de bruço e continua a escrever...

A canção natalina toma conta da vizinhança. Dininha atenta ao calendário passa a escrever mais rápido. Dia a dia, hora a hora, minuto a minuto. Escreve sem parar. São varias folhas de papel branco.

Da porta pra fora tem confusão, os meninos se estranham, as pessoas se amontoam, forma uma roda, os corpos se enroscam. Da multidão surge um outro com algo na mão, as pessoas se desesperam, corre gente pra todo lado, derrepente o pipoco... Some todo mundo, ninguém viu nada. A mulher com bobes na cabeça berra aos prantos: meu filho, meu filho. Dois dias depois o sepultamento...

São férias, não tem mais aula. “Ufa! Só no ano que vem”. Alguns viajam, a maioria fica por lá mesmo. Ocupar os filhos é a tarefa principal das mamães . O clima na vila não é tão bom. O medo se mistura com o otimismo, apesar de tudo ainda se escuta: “dias melhores virão”.

A menina parece triste, o pai chega suado, carrega duas sacolas vermelhas lotadas. Veste na cabeça um boné vermelho com letras pequenas. O rosto esticado acomoda as rugas e a barba com mexas brancas. A menina olha bem o pai. Pensa em jogar fora o rascunho, mas decide esperar o anoitecer. Ganha um vestido branco, para os outros têm calça e camisa. Seu sorriso dente de leite não amarela.

Da porta pra fora as pessoas se abraçam. A vizinha que negou por nove vezes uma caneca de açúcar foi perdoada. Recebe um apertão da chamada fofoqueira, as duas brigaram vinte e oito vezes durante o ano todo. Agora prometem tréguas, perante aos céus fazem jura de paz eterna, como no ano passado. Criançada ataca biribinha ao chão. Pelos cantos choraminga aquela que perdeu seu filho há pouco.

O maior amigo do homem é o saca-rolhas, a mulecada enxuga dois, três, quatro, cinco litros do suave.
– Se moscá nóis dorme aqui mesmo! Sussurra o páfrentão.

A menina mira o céu, olhos pretos perseguem as estrelas cadentes. Ainda tem gente voltando do trabalho. No ponto de ônibus do centro da cidade, o tal demora horas, quem espera está de cara feia. Surge um menino aos trapos, pés no chão em noite serena. Escorre ligeiramente o catarro do nariz, esfrega o braço deixando rastro pelo rosto.
- Tia dá cinco centavos. Num tenho não. Tio dá dez centavos. Num tenho. Ti... Não. Dá cinco... Não. Dá... Tem não. Parte o pirralho decepcionado. Um trabalhador bigodudo começa o bate papo:
- Os muleques de hoje perdeu a vergonha mesmo!....
O outro que trajava uma calça azul, portava uma sacola. Dentro da sacola, acomodado estava o pão de frutas. Este questiona:....
- Os muleques perderam a vergonha ou foram os pais que perderam a vergonha?
O bigodudo traga ferozmente o cigarro, sopra pro ar, a fumaça flutua em redemoinhos. Logo diz:
- No meu tempo não era assim, agente fazia qualquer coisa, tinha vergonha de pedir. Carregava caixa, olhava carro... Quando crescer fica pior!
O amigo responde de bate pronto:
- Isso é. Se crescer!
Uma mulher balançava a cabeça em sinal de apoio, enquanto o insignificante evaporava no tempo feito fumaça de cigarro.

Todo mundo cantou dingobel, a mãe da Dininha corre pro quarto. Vê que a menina adormeceu ao "pé" da janela, parece que desistiu da visita do trenó. Acomodou sua filha na cama, cobriu com uma manta vermelha. Tira do sereno uma caixa de sapato, dentro estava a carta enrolada. Ler com dificuldade o cabeçário: “Querido papai...” demora um pouco. Depois de cinco minutos termina a leitura. Chorando enxerga embaçada as últimas letras: “... traz pra minha mãe paz, saúde e um feliz...”

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

50º aniversário da Revolução Cubana continua sendo comemorado em diferentes partes do mundo






O 50º aniversário da Revolução Cubana continua sendo comemorado em diferentes partes do mundo

O cerco dos tubarões



O cerco dos tubarões



Ao redor da ilha os tubarões do grande capital a espera do momento certo, “atravessar o oceano e invadir a ilha”.
Tentativa fracassada o episódio da Baía dos Porcos. Mais uma vez os EUA tentavam interferir em um país da América que tenha passado por um processo revolucionário.
Sabemos que Cuba é um país revolucionário, mas sabemos também que nem toda revolução leva necessariamente ao socialismo.
Socialismo esse impossível em um só país parece que esta questão poderia estar superada principalmente nas “esquerdas” espalhadas pelo mundo.
Opiniões de setores de uma suposta “esquerda” no Brasil divergem sobre a ilha. Uns falam em socialismo democrático contrapondo-se ao “socialismo” cubano. Outros dizem que o socialismo em Cuba continua.
E assim segue os argumentos dos mais variados possíveis, tanto para a defesa do sistema cubano, quanto para a crítica.
O que nos interessa saber aqui é qual a construção coletiva e um projeto revolucionário no sentido de trazer o novo contra este sistema destrutivo do capital?
Levando para este campo a discussão, vemos que Cuba tem muito a nos ensinar, enquanto uma sociabilidade que parte da valorização do humano e não da mercadoria e da coisificação do trabalhador.
Potencializar o ser nas suas atividades no que de melhor é possível para a construção coletiva do ser social. Se é socialismo ou não isso não importa, o que interessa são os avanços no sentido da construção do novo, da experiência histórica daquele país em meio a um violento bloqueio econômico que limitou a capacidade produtiva e de intercâmbio com o mundo, desde as primeiras organizações sociais que os grupos humanos sentiram a necessidade de trocar com outros grupos para garantir a sua manutenção, quando Cuba é privado desse aspecto vital por conta do embargo, fica difícil o acesso a vários bens necessários a vida que não é dado pela natureza em seu solo, eis a grande violência proporcionado pelo Imperialismo e os países seguidores dessa doutrina tirânica do Capital representando e executado em nome da democracia capitalista. Para qualquer discussão de um mundo novo na perspectiva do trabalho, não podemos fechar os olhos sobre a experiência histórica da revolução cubana, mas temos que resgatá-la, pois Cuba está um passo a frente.

Qual será o fato? Se ligue neste fato?




Qual será o fato? Se ligue neste fato?



Quando não, bum! Poft!. Um barulho alto, bem alto, quebrando a rotina daqueles que chegaram do trampo.
De dentro dos apartamentos ninguém sabe o que aconteceu.
Más, o que será que aconteceu?
Era aproximadamente 22:00, logo uma movimentação fora do comum no final da rua.
Correria, barulho de sirenes, a polícia?
Ah polícia sim.
Sinal de confusão, repressão, medo, dominação.
Talvez mais uma vítima, talvez.
Deve ser preto, jovem, homem, o cara certo para os homens de cinza.
Não deu outra, ali no final da rua a confusão estava formada.
Um carro preto bateu no muro de uma escola de educação infantil, ou melhor, derrubou um bom pedaço do muro.
Estava em alta velocidade, dando fuga da polícia.
Carro roubado! Mais uma vítima do que cria o capitalismo, o fetiche da mercadoria.
É só ligar a televisão e ver a propaganda automobilística.
O carro é colocado como sinal de status,
Logo a corrida é eminente, todos querem, mas só quem tem grana pode adquiri-lo.
E quem não tem? Ah, quem não tem quer ter de qualquer forma possível.
Muitos fazem o caminho que o sistema quer.
Expropriar os boys, dar fuga e ser preso pelos opressores, pela polícia.
É, estamos sendo atacado por todos os lados, cercaram a periferia.
Algemaram o jovem preto, colocaram na viatura, pediram reforço, não bateram ali, já que havia muita gente olhando, levaram para o DP.
Quando aquela mãe receber a noticia como que vai reagir? Daí pra pior. Julgamento, espancamento, a sentença, 157 em flagrante, cadeia na certa, fuga, fuga, fuga, qual será a nossa fuga?
Temos que sair deste ciclo, mudar esta realidade. A justiça racista não quer saber de nada.
Ouve-se o martelo: pum!
Ouve-se a voz.
Lê-se a sentença! Culpado.
Abre-se a cela, ouve-se o trinco, tranca-se o cadeado.
Mais um jovem preto encarcerado.
Estamos aos poucos sendo massacrados, derrotados.
O que fazer?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

120 ANOS APÓS A ABOLIÇÃO




120 ANOS APÓS A ABOLIÇÃO



Preso na plantação, nas fazendas, nas terras, colhendo algodão.

Transportados, violentados, amarrados na navegação.

A água fria do oceano se mistura com o sangue.

Atirando-se ao mar pra se libertar,

atirados ao mar, atirados ao mar.



Cortaram-lhe a história perdeu a raíz,

compraram o seu corpo o arrancaram de ti.

Nas terras estranhas, trabalho forçado,

em um lugar desconhecido,

trabalho escravo.



Mesmo nessas condições veio a resistência,

desde o navio até a fuga desse sistema.

Vários tipos de luta de organização,

no caminho do combate da libertação.



À liberdade! à liberdade! à liberdade!



Quem está na arena não evita o combate.

Quem busca a vitória não espera o massacre.

Quem derruba o tirano busca a liberdade.



À liberdade! à liberdade! à liberdade!



Jogue fora o que sobrou da mentalidade escravocrata,

monte um quilombo dentro de você.

Expulse por todos os poros o autoritarismo europeu.

Africanidade, resgate o que é seu.



2008, 120 anos da abolição

"DAQUI A VISÃO JÁ NÃO É TÃO BELA"


Com a palavra, A Periferia !

Localizada a aproximadamente uma hora e meia do centro da cidade de São Paulo, casas amontoadas, favelas ou conjuntos habitacionais, habitados por pessoas exploradas. Exploradas por trabalharem oito ou mais horas por dia (isso é, quando têm emprego) e receberem pouco. Pouco que não dá nem para comer direito. Direitos que são violados a cada sala de aula fechada. Fechadas são as alternativas de um outro tipo de vida. Vidas que enchem os presídios. Presídios nos quais grande parte dos presos são pretos.

Pretos vítimas de racismo conseqüente da escravidão. Escravidão parte de um sistema de acumulação de excedente. Excedente de vidas desperdiçadas, que não chegam aos 25 anos. Anos de resistência e luta dentro da periferia. Periferia marginalizada e esquecida...

É dessa realidade que jovens pretos(as) da periferia descrevem o seu cotidiano e se expressam todos eles. Inspirados por uma realidade nada agradável e que é refletida pelo movimento hip-hop. O movimento surge em meados da década de 1980, um período muito conturbado pelo qual passava o Brasil, caracterizado pelo final da ditadura militar, “movimento” por eleições diretas, grande discussão pelos diretos das crianças e dos adolescentes e um movimento negro muito atuante.

Feito por pretos(as), moradores(as) da periferia, o movimento hip-hop, através dos seus quatro elementos (rap, break, grafi te e discotecagem), logo assume uma postura crítica e visão ampla da sociedade, denunciando a violência policial, a desigualdade social, o tratamento recebido pela população preta tanto nos espaços públicos como nos privados, marcas visíveis do racismo no Brasil.

Dentre os quatro elementos que compõem o movimento, sem dúvida alguma destacamos a importância do rap. Com um estilo próprio, batidas pesadas, o ritmo um pouco acelerado e uma levada contundente e discursiva, o rap assume uma postura ofensiva no combate ao racismo, por meio de letras críticas e inquietantes, mostrando o lado podre da sociedade e suas contradições.

O movimento hip-hop também trouxe uma grande contribuição na parte organizacional da juventude preta da periferia. Surgem as “posses” de hip-hop. Dá-se o nome de posse à união de vários grupos do rap, grafiteiros, djs e b-boys, com o objetivo de realizar trabalhos comunitários, organizar debates, ofi cinas e seminários com o intuito de discutir problemas e possíveis soluções para o povo preto, proporcionando uma reflexão crítica da situação real, além da denúncia direta da violência que é gerada por um sistema que valoriza as coisas e não as pessoas.

Outro tipo de organização são os núcleos culturais existentes em algumas regiões da cidade, especifi camente nas periferias. Esses núcleos passaram a desenvolver trabalhos não só dentro do hip-hop, com diversos temas que contemplam a prevenção às DSTs/AIDS, direitos humanos, Estatuto da Criança e do Adolescente, gênero e raça. Estão envolvidos também com os movimentos sociais, mostrando assim que o hip-hop pode ir além da simples descrição do cotidiano.Outra contribuição importante do hip-hop no país se deu no processo de desvelar o mito da democracia racial, mostrando a real situação do negro na sociedade brasileira e as desigualdades enfrentadas. Além disso, o hip-hop trouxe também a discussão sobre a auto-estima e a auto-valorização da juventude preta, ao resgatar a história dos afro-descendentes e algumas referências do movimento negro, tanto no Brasil, como em outras partes do mundo.

Eis um pouco da experiência do hip-hop no Brasil, sempre problematizando e incomodando as elites, expressando as contradições, relatando a desigualdade social e racial, dando voz aos que não a têm, resgatando-os(as) da estória de medo a que estão expostos nas escolas.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

REBELDIA VIVA!!!




Companheiros e companheiras,
Este é o blog vermelho da periferia, para aqueles que estão indignados com esse mundo capitalista onde o ser humano, os trabalhadores são transformados em mercadorias, onde os direitos humanos são ficção assim como a "nossa" democracia, onde a guerra imperialista se mantem em nome do capital e do lucro, onde as crianças estão cada vez mais sem direitos, onde a juventude esta cada vez mais sem perspectivas, onde o racismo predomina dia e noite, onde a policia na periferia continua matando, enfim , onde o capital controla o mundo. Se você não se conforma com esta situação saiba que muitas pessoas tambem estão lutando contra tudo isso.